No dia 27 de outubro de 2010, Portugal viveu um dos acidentes automobilísticos mais graves da sua história. Foi na autoestrada A17, próximo a Coimbra, que um ônibus colidiu com um caminhão, deixando 11 mortos e 32 feridos. O acidente ganhou repercussão internacional e reabriu discussões sobre a segurança no trânsito em todo o país.

Infelizmente, essa não é uma situação isolada. Todos os anos, milhares de pessoas morrem ou ficam feridas em acidentes de carro nas estradas portuguesas. De acordo com dados do Instituto de Segurança Rodoviária (ISR), em 2019 foram registrados 35.364 acidentes de trânsito em Portugal, resultando em 508 mortes e 2.160 feridos graves.

Diante desse cenário, é fundamental que se promova a conscientização sobre a segurança no trânsito. A educação e a prevenção são as melhores formas de reduzir o número de acidentes e de vítimas. Essa campanha por uma cultura de segurança deve ser realizada constantemente, com a participação de toda a sociedade.

A conscientização sobre a segurança no trânsito deve começar ainda na escola. Crianças e jovens devem ser ensinados sobre a importância do uso do cinto de segurança, da obediência às leis de trânsito, da necessidade de evitar o consumo de bebidas alcoólicas antes de dirigir, entre outras medidas preventivas.

Além da educação, é preciso que se invista em uma estrutura de transporte mais segura e eficiente. Esse investimento deve contemplar desde a manutenção das estradas até a modernização dos sistemas de controle de tráfego e a ampliação do transporte público.

Os motoristas também precisam ser conscientizados sobre a sua responsabilidade no trânsito. Eles devem ter o compromisso de respeitar as leis de trânsito, de dirigir com atenção e de evitar comportamentos que possam colocar em risco a sua vida e a dos demais condutores e pedestres.

Por fim, cabe destacar a importância do papel das empresas e do setor público na promoção da segurança no trânsito. As empresas podem contribuir com a oferta de cursos de formação e treinamento para seus motoristas, além do controle de condições dos veículos utilizados. Já o setor público deve investir em campanhas de conscientização da população e na fiscalização das leis de trânsito.

Em resumo, é preciso que se adote uma postura proativa e comprometida em relação à segurança no trânsito. A luta contra os acidentes de carro deve ser uma prioridade em nossa sociedade, envolvendo todos os setores e a população como um todo. Somente com um esforço coletivo é possível promover uma cultura de segurança e reduzir o número de vítimas nas estradas portuguesas.